quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Como se Constroi o Pensamento Crítico

Receita Para Enganar Alguém
(clicar aqui para ver artigo na íntegra)


"Se não me falha a memória, foi o jornalista Joelmir Beting que, ironicamente, mostrou como a Estatística pode ser enganadora. Dizia ele que "...se eu como um frango e você come nenhum, ambos comemos, em média, meio frango cada um". Estatística é uma matéria que pode ser facilmente usada para provocar distorções impressionantes.

Uma das regras mais tradicionais dos Estatísticos (sérios!) é uma frase para a qual recomendo especial atenção. Desconhecê-la (ou desobedecê-la) costuma provocar inúmeros problemas. Eis o que diz essa regra: "Correlação não implica em causalidade". Em outras palavras, se um evento sempre sucede outro (ou se varia em conjunto com outro) isto não significa que esse evento seja necessariamente a causa do outro.

Um clássico exemplo é a correlação das vendas de sorvete com o número de assaltos. Quando se vende mais picolés, também aumentam os crimes. Outra correlação fortíssima relaciona o consumo de pão com manteiga com o ato de praticar crimes violentos (98% dos bandidos encarcerados por cometerem crimes violentos são ávidos consumidores de pão com manteiga). Ora, mas isso não quer dizer que tomar o café da manhã com essa iguaria seja a causa de comportamento violento (eu seria, por força dessa regra, um grande marginal).

É natural que esses exemplos todos façam você sorrir, afinal eles são realmente ridículos (embora cumpram seu papel didático). A coisa começa a se complicar quando o que se infere a partir de correlações não é tão ridículo assim.
Em novembro de 2001 um grupo de psicólogos da University College de Londres public..."

Aprender para quê, quando a escola é tão chata?...

Entrevista a Ruben Alves (Clique aqui para ler na íntegra)

Não é de hoje que a escola é chata. Ela sempre foi assim e isso acontece porque as coisas são impostas às crianças. A prova de que uma criança gosta de ir à escola é se, na hora do recreio, ela está conversando com os amigos
sobre as coisas que a professora ensinou. E não se vê isso. Então fica evidente que elas gostam da escola por causa da sociabilidade, dos amiguinhos, por causa do recreio. Mas elas não estão interessadas naquilo que se ensina na escola. (...)

Existe certa presunção da nossa parte, da parte dos adultos, de que as crianças não sabem nada, de que elas
são vazias. E de que nós é que temos o saber. Também achamos que só nós podemos determinar o que elas têm de aprender. Isso é o que Paulo Freire denominou de educação bancária. Você vai sempre fazendo depósitos na criança.

Houve um
director de um abrigo para crianças e adolescentes em Varsóvia chamado Janusz Korczak. No abrigo dele, eram os alunos que exerciam a disciplina. E Korczak costumava dizer: ''Vocês, professores, dizem-me que é muito difícil ensinar as crianças. Estou de acordo. E vocês dizem também que é muito difícil descer às crianças. Estou em desacordo. O que é muito difícil é subir ao nível de sensibilidade e de curiosidade das crianças, ficar na ponta dos pés, falar brandamente para não machucá-las''. É por isso que a escola não muda. Porque as pessoas não estão preparadas para subir ao nível das crianças.

Aprender a Aprender

Como desenvolver a capacidade de aprender
Entrevista Vicente Martins

1. Que factores são prioritários para o desenvolvimento da capacidade de aprender?

Vicente Martins - São três os factores que influem no desenvolvimento da capacidade de aprender: Primeiramente, a atitude de querer aprender. É preciso que a escola desenvolva, no aluno, o aprendizado dos verbos querer e aprender, de modo a motivar para conjugá-los assim: eu quero aprender. Tal comportamento exigirá do aluno, de modo imediato, uma série de atitudes como interesse, motivação, atenção, compreensão, participação e expectativa de aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser pessoa.

O segundo factor diz respeito às competências e habilidades, no que poderíamos chamar, simplesmente,
de desenvolvimento de aptidões cognitivas e procedimentais. Quem aprende a ser competente, desenvolve um interesse especial de aprender. No entanto, só desenvolvemos a capacidade de aprender quando aprendemos a pensar. Só pensamos bem quando aprendemos métodos e técnicas de estudo. É este factor que garante, pois, a capacidade de auto-aprendizagem do aluno.

O terceiro factor refere-se à aprendizagem de conhecimentos ou conteúdos. Para tanto, a construção de um
currículo escolar, com disciplinas actualizadas e bem planificadas, é fundamental para que o aluno desenvolva sua compreensão do ambiente natural e sociais, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade, conforme o que determina o artigo 32 da LDB (...) (Clique aqui para ler o resto)