domingo, 16 de novembro de 2008

Folhas Artificiais

Artificial leaves, made from semiconductors, might one day help to remove excess airborne carbon dioxide and maybe even turn it into fuel. Real leaves, the green ones deployed by plants, perform many valuable tasks, not the least being the removal of CO2 from air and its replacement with breathable O2. Artificial CO2 fixation needs several ingredients: light, a catalyst (such as CdS), and organic molecules.

A new study by a Oak Ridge-Vanderbilt team of physicists suggests how this process can be made more efficient, a necessary step if artificial fixation is ever to practical on a large scale. Contrary to previous ideas, the study shows, fixation does not take place directly on the catalyst surface. Rather it's a two step process: ionization of the CO2 occurs at the surface, creating a highly reactive radical which can later combine with other CO2 molecules or organic molecules in the vicinity.

Stephen Pennycook (pennycooksj@ornl.gov, 865-574-5504) says that his study looks at the role of catalyst surface roughness (flat planes of CdSe don't work as photocatalysts, but nanocrystals of the same material do) and at the possibility that nanocrystal doping might obviate the need for light, which would allow some fixation to take place in dark smokestacks. (Wang et al., Physical Review Letters, upcoming.)

(ler original aqui)

Moscas Como Combustível

Wikipedia

EcoBot is short for Ecological Robot and it refers to a class of energetically autonomous robots that can remain self-sustainable by collecting their energy from (mostly) waste in the environment. The only by-product from this process is carbon dioxide, which would have been produced from biodegradation in the first place. This carbon dioxide production belongs to the immediate carbon cycle of our planet and does not impose to the already increasing problem of the greenhouse effect.

So far autonomy in robotics has been directly linked with the ability of agents to compute and execute tasks, i.e. follow a set of rules given in an algorithm, with minimum human intervention. This is classified as computational autonomy, however it does not necessarily take into account the problem of energy collection and management. Energetic autonomy, therefore, refers to the ability of artificial agents to remain self-sustainable, with minimum human intervention.

EcoBot-I

EcoBot-I, developed in 2002, by the same group of workers at BRL, UK, utilised sugar as the fuel and ferricyanide in the cathode, to perform phototaxis (i.e. move towards the light) [Ieropoulos et al. 2003a, b; 2004].

The two EcoBots do not employ any other form of conventional power supply and do not require any form of initial charging from an external source. Instead, they are powered directly by the onboard microbial fuel cells (MFCs). This is in contrast with Gastrobot, which although it was the first example of a practical application that employed MFCs, it used onboard conventional batteries and required initial charging from the mains.

EcoBot-II

EcoBot-II, developed in 2004, by Melhuish, Greenman, Ieropoulos and Horsfield at the Bristol Robotics Laboratory (BRL) UK, was the first robot in the world to perform sensing, information processing, communication and actuation phototaxis, by utilising unrefined biomass. In fact, it consumed dead flies, rotten fruits and crustacean shells as the fuel and oxygen from free air as the cathode. EcoBot-II operated continuously for 12 days after having been fed with 8 houseflies of the species Musca domestica [Ieropoulos et al. 2005a, b; Melhuish et al. 2006].

EcoBot-II is the first practical example of a Symbot (symbiotic robot) that exhibited artificial symbiosis – the beneficial integration between the live microbial part and the artificial mechatronic part.

Para ler outro artigo sobre o assunto, clicar aqui

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A Culpa Não é da Criança, Semanário Sol 17-10-2008

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A domesticação da Sociedade



"Séquesso"

"A pátria adora conversar sobre professores. A pátria, porém, nunca fala sobre educação. Portugal ainda não arranjou coragem para lidar com este facto: os alunos acabam o secundário sem saber escrever. parece que os professores vão fazer uma "marcha da indignação". Pois muito bem. Eu também vou fazer uma marcha indignada. Vou descer a avenida com a seguinte tarja: "os alunos portugueses conseguem tirar cursos superiores sem saber escrever".

A coisa mais básica - saber escrever - deixou de ser relevante na escola portuguesa. De quem é a culpa? Dos professores? Certo. Do Ministério? Certo. Mas os principais culpados são os próprios pais. Mais e pais vivem obcecados com o culto decadente da psicologia infantil. Não se pode repreender o "menino" porque isso é excesso de autoridade, diz o psicólogo.

Portanto, o petiz pode ser mal-educado para o professor. Não se pode dizer que o "menino" escreve mal porque isso pode afectar a sua auto-estima. Ou seja, o rapaz pode ser burro, desde que seja feliz. O professor não pode marcar trabalhos para casa porque o "menino" deve ter tempo para brincar. genial: o "menino" não passa de um mostrengo mimado que não respeita professores e colegas. Mais: este mostrengo nunca reconhece os seus próprios erros; na sua cabeça, "sexo" será sempre "séquesso". Neste mundo Peter Pan os erros não existem e as coisas até mudam de nome.

O "menino" não escreve mal; o "menino" faz, isso sim, escrita criativa. O "menino" não sabe escrever a palavra "recensão", mas é um Eça em potência.
Caro leitor, se quer culpar alguém pelo estado lastimável da educação, então só tem uma coisa a fazer: olhe-se ao espelho. E já agora, desmarque a próxima consulta do "menino" no psicólogo".

Henrique Mendes
Expresso

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Violência no namoro

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Comportamento. Uma série de estudos de uma equipa de psicólogas da Universidade do Minho mostra que a violência nas relações amorosas nos jovens entre os 15 e os 25 anos atinge níveis preocupantes e idênticos aos verificados entre os adultos. Um dos aspectos mais alarmantes é que essa violência é cada vez mais precoce e por vezes aceite como 'natural' pelos próprios, incluindo o sexo forçado Problema atinge o mesmo nível que entre os adultos Existe "tanta violência" no namoro entre jovens dos 15 aos 25 anos como no casamento: 25% já foram vítimas de violência na relação. Mas o "fenómeno é ainda mais preocupante" nas novas gerações, que começam a agredir-se cada vez mais cedo, no ensino secundário e profissional. Pior, chegam a tolerar a violência sexual, pois, para eles, "relações sexuais forçadas não são o mesmo que violação, nem sequer são crime". O alerta é de Carla Machado, coordenadora de um projecto nacional sobre este fenómeno.

Para esta investigadora da Universidade do Minho (UM), em Braga, a violência "não é coisa de adultos que desaparece com a mudança de geração". A resposta encontrou-a no seu estudo sobre "violência física e psicológica em namoro heterossexual" - o mais avançado de sete de uma ampla investigação que está a coordenar com as psicólogas Marlene Matos e Carla Martins sobre "violência nas relações de intimidade" em jovens dos 15 aos 25 anos.

Em co-autoria com a psicóloga Sónia Caridade, a psicoterapeuta identificou níveis de violência física e psicológica no namoro muito próximos dos encontrados num outro estudo desenvolvido em 2003, no Norte do País, junto de 2900 adultos, mas em contexto conjugal.

A percentagem de vítimas chega a ser a mesma: dos agora 4730 jovens dos ensinos secundário, profissional e universitário, e que abandonaram a escolaridade inquiridos em todo o País, 25 % foram vítimas, pelo menos uma vez, de um comportamento abusivo da parte do companheiro ou companheira.

Dessas vítimas, 20% sofreram violência emocional (insultos, ameaças, jogo psicológico e coerção) e 14% agressão física. Dos 4730 jovens, 30% admitiram ter agredido o parceiro, sendo 23% agressão física, 18% emocional e 3% física severa. Nesta amostra, 58% são raparigas e 42% são rapazes.

Mas, o mais "alarmante" para esta psicoterapeuta da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça da UM, na área da intervenção individual e em grupo com vítimas de crimes, é haver uma maior prevalência de maus tratos físicos severos na população mais jovem - ainda no secundário. Os rapazes são os que agridem com maior gravidade (sovas, murros e pontapés). Já na pequena violência, não há diferença de género e vale tudo, desde insultos, bofetadas, empurrões, puxões de cabelos e até ameaças.

"Em geral, vítimas e agressores não percebem que a violência não é aceitável." Muitos deles "toleram" e chegam a "desculpabilizar" a violência, sobretudo quando ela é menor.

"Só fez aquilo porque estava descontrolado, perdeu a cabeça" ou "o descontrolo é porque tem medo de a perder. Não é violência". São frases que Carla Machado e Sónia Caridade recolheram junto dos 49 jovens dos grupos de reflexão deste projecto, que foram constituídos depois da aplicação do questionário aos primeiros 4730.

Alguns afirmaram que "violência sexual no namoro não existe. Agora, relações sexuais forçadas, já são outra coisa". Ou até: "Se eles namoram, não acho que seja violência sexual." Alguns não vêem mal nos apalpões, toques contra a vontade da vítima e a pressão para ter relações sexuais, que estão longe de serem violação, algo que já consideram errado. O ciúme é tido como prova de amor. De resto, os níveis de violência física e psicológica no namoro são muito parecidos com os identificados nos outros países.|

Violência começa no namoro

14.11.05
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Engane-se quem pensa que a violência nas relações íntimas é coisa de casamento, com o homem a subjugar a mulher. As novas gerações provam o contrário e começam a agredir-se mutuamente já na adolescência. Chegam ao ponto de insultar, ameaçar e até esbofetear, o que constitui um alerta de risco para a violência marital. O problema está a ser alvo de estudo a nível nacional e, inclusive, uma psicóloga quer implementar um programa de prevenção nas escolas do País para diminuir estes comportamentos.


"Eles acham que dar uma bofetada é normal", diz a psicóloga Sónia Caridade, da Universidade do Minho (UM), em Braga, co-autora, com Carla Machado, do estudo nacional "Violência nas Relações Amorosas Comportamentos e Atitudes nos Jovens". No namoro, explica, as agressões são mútuas e a vítima interpreta esses actos "erradamente" como sendo de ciúme, minimizando o episódio, e crê que, com o casamento, as coisas vão mudar. "Geralmente, a violência intensifica-se", afirma.

Sónia Caridade constatou alguns destes aspectos, depois de ter inquirido cerca de três mil pessoas, entre os 15 e os 25 anos, abrangendo estudantes do ensino profissional, do secundário, população universitária e, por fim, jovens que abandonaram a escolaridade. Dos 685 indivíduos até à data analisados, na zona do Porto, a rondar os 19 anos, concluiu que os alunos do ensino profissional toleram mais a violência no namoro do que os que se encontram na universidade.

A maioria dos inquiridos afirma discordar da violência, mas os dados revelam que 24% deles recorrem ao abuso emocional e 22% chegam mesmo a praticar agressões físicas. Para além disso, 27% admitiram ter sido vítimas de pelo menos um acto abusivo durante o último ano, enquanto 33% confirmaram ter adoptado este tipo de condutas em relação ao parceiro. O abuso é mais tolerado pelo sexo masculino, mas diminui à medida que os estudantes avançam no seu percurso escolar. O que, segundo a psicóloga, se deve à "maior maturação decorrente da idade e aos desafios suscitados pela relação".

Para a psicóloga Susana Lucas, docente no Instituto Piaget, "a imaturidade e a falta de experiência, em conjunto com os esforços de querer assemelhar-se aos adultos para dominar e controlar, podem contribuir para a manifestação de comportamentos violentos para com os outros". Considera, por isso, que "a violência é um fenómeno cultural e é fundamental quebrar o elo geracional do pai que bate na mãe e do filho que vai bater na mulher".

Daí a necessidade de implementar o programa de prevenção, denominado "Dossier Intimidation", nas escolas do 2.º ciclo do Ensino Básico, em 2006. "Espera-se que o sujeito e toda a comunidade envolvente sejam capazes de detectar e/ou evitar situações potencialmente perigosas", explica. Os alunos deverão ser capazes de decidir quando não querem algo, sem que se desencadeiem sentimentos de culpa. Pretende-se identificar factores que caracterizem os adolescentes vítimas e perpetradores de violência, e elaborar um plano de medidas de intervenção comunitária.

Namoros de adultos. No caso dos namorados em idade adulta, a psicoterapeuta Marlene Matos, da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça e Reinserção Social, da UM, diz que a agressão é semelhante à que ocorre nas relações maritais. "O agressor recorre às mesmas estratégias de vitimação, ou seja, à violência psicológica e às tentativas de controlo social da vida da vítima", explica. Seguem- -se depois as ofensas físicas e os abusos sexuais.

Algumas mulheres acabam por sofrer tanto como as que já estão casadas, diferenciando-se apenas pela inexistência do vínculo do matrimónio e de filhos. Mas a ocorrência da violência no namoro deveria representar "um sinal de alarme" para as mulheres. Tanto que, nas suas consultas na UM, algumas vítimas de violência marital recordam ter tido elevada conflituosidade e maus tratos verbais na fase de namoro.

Tal como no casamento, explica Marlene Matos, também no namoro "o medo da mulher é um aliado do agressor". O receio de perseguições e retaliações acaba por levá-la a render-se ao domínio do namorado, o que muitas vezes a impede de reagir mais cedo.

No caso de "Maria", as constantes bofetadas e pontapés acabaram por levá-la a procurar apoio, apesar de não ter apresentado queixa na polícia. O namorado, de 21 anos, foi a uma sessão e depois o psicólogo perdeu-lhe o rasto. "Manuel", chamemos-lhe assim, identificou--se como sendo a vítima, acusando-a de o "deixar inseguro, agredir verbalmente e ser injusta" na relação. "Ela retribui o amor que tenho por ela acusando-me de várias coisas. É ingrata porque diz que me vai deixar e descontrolo-me", conta.

Para o "José", licenciado, foi diferente aconselhou a "Vera" a ir à consulta, "porque achava que ela tinha um problema", mas ela abandonou-o porque ele "lhe controlava os movimentos e batia". Para saber o que se passava, José fez-se passar por utente e apresentou-se como o namorado "daquela que tinha problemas". Não negou as agressões físicas à namorada, mas disse "perder o controlo porque ela era muito ciumenta".

Para o psicólogo Rui Abrunhosa, da UM, os agressores podem melhorar a atitude face à mulher. Mas, para isso, esta precisa de de-senvolver "estratégias para ser capaz de perceber quando ele está a pisar o risco".

Universitários violentos no namoro

Abuso físico entre jovens casais universitários é cada vez mais frequente. Rapazes e raparigas são igualmente vítimas e agressores.

Os estudos publicados sobre a temática "violência no namoro" datam de 2003 e 2004, mas são representativos da realidade actual. Cerca de 16% dos jovens universitários com relações amorosas admitiram ter sido vítimas de um acto abusivo e 22% admitiram ter adoptado esse acto sobre o parceiro.

O tipo de violência mais frequente é a chamada "violência menor" (um empurrão, uma bofetada), enquanto que a violência física mais grave é a menos frequente (4%).

Dos inquéritos realizados para estes estudos conclui-se que não há diferenças de géneros, ou seja os rapazes e as raparigas são igualmente vítimas e agressores. Mas enquanto que os rapazes são violentos por causa do ciúme, do amor e das "provocações" femininas, as raparigas são-no por causa do ciúme, do amor e da intimidação dos namorados.

As vítimas normalmente não pedem ajuda às instituições de apoio e só 9% recorre aos tribunais. Quando pedem ajuda, preferem os amigos (67%) e as mães (17%).

Estes dados constam do "Violência no Namoro: Prevalências e Intervenção em Portugal", da autoria de Carla Machado, investigadora do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho (UM). A amostra foi constituída por 500 estudantes da UM, seleccionados aleatoriamente entre os cursos que têm mais representação de mulheres e de homens.

O estudo está agora a ser alargado a nível nacional, em outras universidades públicas, escolas secundárias e escolas profissionais, no âmbito da tese de doutoramento de uma professora da U.M. Apesar de ainda não estar concluído, mostra já uma taxa de 20% de casos de violência entre jovens casais universitários do Porto.

Para evitar comportamentos violentos, "precisamos disponibilizar nas escolas (que é onde estão os jovens) informação sobre estas matérias e sobre locais para onde se possam dirigir, porque não há serviços especializados para jovens", disse Carla Machado ao JPN. "Era fundamental falar destes temas e disponibilizar informação sobre esta matéria para estas pessoas poderem pedir ajuda", conclui.

Ana Sofia Coelho

domingo, 6 de julho de 2008

O psicopata entre nós

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Sociopatas: dissimulados, mentirosos, trapaceiros e sem nenhum sentimento de culpa Veículo: Zero Hora
Seção: Vida
Data: 16/09/2006
Estado: RS

Em maio de 1999, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva aterrorizou a polícia ao relatar detalhes sórdidos de como tinha matado quatro casais na praia do Cassino e outras cinco pessoas. Contou, sem esboçar culpa ou pena, que depois de matar, esperava a polícia chegar ao local do crime para ver o que as pessoas iriam comentar. Em uma das ocasiões, chegou a dizer alto, entre policiais e curiosos que se acotovelam para ver o corpo do casal estendido nos molhes da praia: "Vai ver, o assassino está por aqui".
Ao ser examinado pela psiquiatra do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) Lisieux Elaine de Borba Telles, após o depoimento prestado à polícia, Paulo Sérgio tinha apenas uma preocupação: queria saber se estava bem na foto publicada nos jornais.
Vaidade, ausência de remorso e juízo moral, desobediência a regras e a longa carreira de delitos e crimes do pescador levaram ao diagnóstico: psicopatia, um transtorno anti-social de personalidade (Tasp) que está presente entre 20% e 70% dos presidiários, segundo o psiquiatra forense Paulo Oscar Teitelbaum.
Esse transtorno de personalidade, porém, não é exclusivo de assassinos. Pelo contrário, sua faceta mais comum circula entre nós. Está nos escritórios, em festas e em famílias como a de dona Maria* (leia o depoimento na página ao lado). Seu filho, Marcos*, não bebe nem fuma e tem uma ficha criminal tão limpa como a de um padre. Em compensação, não pára em emprego, certa vez roubou dinheiro de um tio, foi expulso do quartel após desafiar autoridades e não esboça remorso dos constrangimentos que causa à família. Hoje, aos 28 anos, passa os dias inteiros em casa, jogando videogame. Maria cortou a mesada para frear os gastos. Entrega a ele, no máximo, R$ 10, usados para comprar revistas pornográficas.
Na psiquiatria, Marcos é definido como um psicopata parasitário. Sua conduta não é agressiva como a do assassino da praia do Cassino, mas é igualmente nociva, capaz de destruir famílias e levar empresas à falência. O pior é o prognóstico. A psicopatia, que atinge de 1% a 3% da população, não tem cura.

*Os nomes foram trocados a pedido da entrevistada, para preservar a identidade de sua família

Como eles são

O psicólogo canadense Robert Hare, da Universidade da Columbia Britânica, criou um check-list de pontuação para psicopatia, conhecida como Escala Hare PCL-R (Psychopathy Checklist Revised, em inglês). A tabela foi traduzida e validada em 2000 no Brasil pela psiquiatra forense Hilda Morana.

Entre os sintomas, Hare listou:

Charme superficial /loquacidade
Superestima
Busca por estimulação e tendência ao tédio
Mentira patológica
Manipulação e chantagem
Ausência de remorso ou culpa
Insensibilidade afetiva e emocional
Indiferença e falta de empatia com os outros
Estilo de vida parasitário
Descontroles comportamentais
Promiscuidade sexual
Problemas graves de comportamento na infância
Ausência de metas realistas a longo prazo
Impulsividade
Irresponsabilidade
Incapacidade de arcar com as conseqüências pelos seus próprios atos
Casamentos ou relacionamentos de curta duração
Delinqüência juvenil
Violação de liberdade condicional
Versatilidade criminal

"Seu filho é portador de transtorno anti-social"

"Quando eu aventei a possibilidade de o meu filho ser um psicopata, o terapeuta ficou muito bravo comigo. Falava que o problema era devido a uma baixa auto-estima, que meu filho se sentia rejeitado por ter sido adotado. Eu era a bruxa da história”.
Como ele não comparecia mais à escola, resolvemos matriculá-lo em um curso supletivo. Arrumamos um trabalho para ele, mas ele mentia muito, fazia armações, colocando uns contra os outros, e ficou apenas três meses. Se eu disser que tivemos um dia de paz, estarei mentindo.
Ele foi fazer o serviço militar, e a única coisa que conseguiu foi ficar preso, pois não aceitava as regras e ameaçava seus superiores. Nessa época, ele comprou um apartamento. Como conseguiu, não sabemos. Lógico que ficou sem o imóvel por falta de pagamento - eles conseguem coisas como qualquer mortal.
Depois, foi passar um tempo com os tios. Foi nesse momento que passamos por uma das maiores vergonhas de nossas vidas: ele roubou dinheiro do tio. Nunca soubemos o que ele fez com a quantia roubada.
Lendo uma reportagem, eu fiquei conhecendo uma renomada psiquiatra. O que ela falava era o que ocorria com meu filho. Entrei em contato, marcamos uma consulta com ela, que nos deu o diagnóstico: “Seu filho é portador de transtorno anti-social. Ele é um sociopata”.
Eu chorei pela confirmação daquilo que já suspeitava. Ela nos disse que ele não tinha culpa por ter nascido assim nem nós tínhamos culpa de nada. Eu chorei mais ainda, choro até hoje, porque as cobranças dos familiares eram imensas. Cansei de ouvir que não sabíamos educar filhos, que ele era um safado, sem vergonha e outros adjetivos pejorativos.
Isto ainda ocorre. É muito difícil para as pessoas entenderem. Foi duro, mas pelo menos agora sabemos que a culpa não nos cabia.
Ele começou a namorar, e, mesmo eu alertando a menina, ela engravidou. Não restou alternativa a não ser submetê-lo a vasectomia. O casamento (eles se casaram) durou dois anos e alguns meses. Tiveram uma filha linda, mas hoje estão separados.
Ele trabalhou, conseguiu abrir conta em bancos, passou vários cheques sem fundos. Alguns deles, o pai cobriu, depois não deu mais. Até empréstimo em banco ele conseguiu fazer.
Tentar compreender a mente de um psicopata é uma tarefa impossível. Eles parecem ser atormentados, devem ter algum tipo de sofrimento pela sua condição, já que vivem num vazio enorme. Fazem sofrer os que deles se aproximam, mas agem com enorme indiferença diante do sofrimento que causam.
Se servir de consolo, aconselharia a quem está diante de um indivíduo envolvente, que conta altos papos, que adora tudo do bom e do melhor, mas que nunca tem um centavo no bolso, que sempre encontra uma desculpa para tudo de errado que faz - a culpa é sempre dos outros -, que não pára em nenhum serviço, a fugir enquanto é tempo.
Jamais saberemos precisar quando esta bomba irá explodir. O melhor é se manter longe dessas garras nocivas. Enquanto estivermos vivos faremos tudo para que ele não caia na criminalidade. Depois, só Deus."

Maria*, mãe de Marcos*, 28 anos

São como pessoas normais

Os transtornos da personalidade ocorrem por defeito na formação das funções cerebrais que regem o processo da sociabilidade, explica Hilda Morana, psiquiatra perita do Instituto de Medicina e Criminologia do Estado de São Paulo.
- Os sujeitos com defeitos nessas funções vivem para satisfazer suas próprias necessidades - diz Hilda.
Sob o ponto de vista intelectual, os psicopatas são como as pessoas normais: não têm qualquer prejuízo de suas capacidades de discernimento. Sabem que os outros não vão aceitar o que ele faz e lutam para preservar suas mentiras. Por isso, são dissimulados.
- Eles são cínicos, manipuladores, incapazes de manter uma relação e de amar. Eles mentem sem qualquer vergonha, roubam, abusam, trapaceiam, negligenciam suas famílias e parentes e colocam em risco suas vidas e a de outras pessoas - elenca o neurocientista Renato Sabbatini.
O pesquisador canadense Robert Hare, um dos maiores especialistas em psicopatia, os caracteriza como "predadores intra-espécies que usam charme, manipulação, intimidação e violência". É assim que eles conseguem ganhar a confiança de um colega ou de um parente para pedir um empréstimo ou um favor. Se a pessoa oferecer obstáculos, é capaz de cometer crueldades ímpares, alerta a psiquiatra Hilda Morana.

O que se sabe

- Comportamentos associados às relações sociais são controlados pela parte do cérebro chamado lobo frontal. Lesões ou baixa atividade neural nesta área são a gênese das personalidades antissociais
- O neurologista e autor do O Erro de Descartes, Antonio Damasio, sustenta que pessoas com danos no lobo frontal são incapazes de ativar marcadores somáticos (alterações na freqüência cardíaca e respiração, dilatação das pupilas, sudorese, expressão facial) em resposta à punição

Difícil tratamento

A psicopatia começa na infância ou na adolescência e continua na vida adulta. O diagnóstico é possível, porém, só a partir dos 18 anos, porque até essa idade a personalidade ainda está se sedimentando, afirma o psiquiatra Paulo Oscar Teitelbaum. Crianças com comportamento psicopático são aparentemente imunes à punição dos pais e não são afetados pela dor. Os mais violentos mostram uma história de torturas a pequenos animais, vandalismo, mentiras sistemáticas, roubo, agressões a colegas da escola, desafio à autoridade e fugas.
- Eles costumam ser mais precoces ao iniciar a vida sexual e quebrar regras - afirma a psiquiatra Lisieux Elaine de Borba Telles.
A psicopatia não tem cura, e muitos especialistas acreditam que nem tratamento é possível. Terapia pressupõe que o paciente consiga estabelecer vínculos, uma relação de confiança no médico e fale a verdade. Os psicopatas não conseguem fazer nada disso, atesta o diretor do Instituto Psiquiátrico Forense, Rogério Göttert Cardoso.
Hilda Morana afirma que é viável tratar alguns aspectos com medicamentos e terapia. Mas alerta: estes tratamentos não transformam a personalidade do sujeito, mas rompem padrões de relação e de conduta.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Você Conhece Algum Psicopata?

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Adolescentes rebeldes, maridos que não param no emprego, mulheres permanentemente endividadas, jovens que não conseguem concluir nenhum curso. Há 15 anos, o consultório do neurologista carioca Ricardo de Oliveira Souza era a última esperança de famílias às voltas com 'pessoas-problema'. O médico conta que seus diagnósticos iniciais eram depressão, transtorno bipolar ou distúrbio de déficit de atenção. 'Cheguei a dizer a uma mãe que o problema do filho dela era falta de limite', arrepende-se. Infelizmente, o veredicto de muitos desses casos é bem mais complexo e deverá causar polémica - como todas as descobertas relacionadas ao cérebro - a partir do momento em que for apresentado à comunidade científica durante a conferência Neurologia da Violência e da Agressão, de 10 a 12 de junho, no Rio de Janeiro.
Comportamentos que parecem falhas morais podem ser doença

Oliveira vai compartilhar com colegas do mundo todo os resultados preliminares de seus estudos sobre o mapeamento das emoções no cérebro, realizado em parceria com o neuro-radiologista Jorge Moll Neto. O trabalho é inédito e foi mostrado a ÉPOCA com exclusividade. Oliveira vai apresentar o conceito de 'psicopata comunitário', aquele indivíduo que pode não ser um serial killer, mas causa estrago por onde passa. 'É gente que nunca foi presa, mas que tem muito em comum com os psicopatas mais perigosos, desde traços de comportamento até o funcionamento de circuitos cerebrais', alerta. Podem estar nessa categoria tipos como o malandro golpista 171, o sujeito que não tem emprego e vive de rolo, aquele que cultiva amizades por interesse e descarta as pessoas depois de obter o que deseja, o sujeito que vive de explorar a tia velhinha, o executivo inescrupuloso que desfalca a firma. Este último, também conhecido como psicopata corporativo ou do colarinho-branco, será o tema da conferência, no Rio, de um dos maiores especialistas do mundo, o canadense Robert Hare.

(...)

É claro que todo o mundo tem seu dia de fúria e um pecado para esconder - uma trapaça no jogo, uma mentira, uma baixaria no trânsito. Estar agressivo e violento é muito diferente de ser agressivo e violento ou, em última análise, um psicopata. A doença se caracteriza pela repetição, desde a infância ou há pelo menos dois anos, de atos anti-sociais que lesam os outros, sem remorso nem culpa. 'O psicopata assassino é frio e calculista, mas o comunitário é afável, agradável, sedutor, carinhoso. A gente consegue reconhecê-lo quando algo dá errado e ele fica agressivo', destaca Oliveira.

domingo, 29 de junho de 2008

Assassinato da Filosofia

Maria Luísa Guerra, Jornal Público, 28/o6/o8

Vai realizar-se no próximo mês de Julho, em Seul, na Coreia, o Congresso Mundial de Filosofia, organizado pelo FISF, organismo que concentra as sociedades dos professores de Filosofia do ensino secundário e do ensino universitário de todo o mundo. Tem a marca da globalização. E um encontro de tradições pedagógicas, de reflexão sobre a natureza e o papel da Filosofia na sociedade. Mostra o interesse dos vários países pelo problema. Mostra o que e evidente: o carácter vivo e actuante da Filosofia. O seu lugar insofismável na formação da mentalidade. Assim acontece no mundo.

E em Portugal? Em Portugal assiste-se ao inédito. Pela primeira vez em mais de um século (desde a reforma de Jaime Moniz, em 1895) destruiu-se decisivamente a Filosofia no ensino secundário. Podemos recuar mais atrás, a 1844, e mesmo aos Estudos Menores, criados pelo marquês de Pombal em 1799. Estudos onde figurava a disciplina de Filosofia Racional. Servia de acesso aos Estudos Maiores. Neste quadro de interesse global já referido, lembra-se também que a UNESCO instituiu o dia 15 de Novembro como Dia Mundial da Filosofia, congregando 36 nações.

E em Portugal? Em Portugal desvaloriza-se o exercício do pensamento, o rigor da análise, a descoberta de paradigmas e de valores, a discussão de problemas, a formação do espírito critico, a reflexão sobre a aventura humana, parâmetros específicos da Filosofia e do seu ensino.
Sabe-se que a finalidade do estudo em qualquer disciplina não e o exame. Mas também se sabe que, na prática, se não houver exame, os alunos não se interessam. Não estudam convenientemente. Residual e em vias de extinção a Filosofia no 12° ano. Obrigatória no 10º e 11° anos mas não sujeita a exame nacional. "Para que serve?" pensam os alunos.

É uma disciplina decorativa. Sem importância. Morta à nascença. Ainda se rege Filosofia na universidade nalguns cursos, cada vez mais despovoados. Com este vazio no ensino secundário, acabará de vez.
O sucesso escolar não e gratuito. Depende de currículos apropriados, mas depende sobretudo de cabeças bem-feitas, treinadas numa apurada e progressiva ginástica mental, no exercício da abstracção, da comparação, do dissecar analítico. Esse exercício cabe especificamente à Filosofia.

No limite, pela depuração que exige e supõe, aproxima-se da Matemática. Não é por acaso que grandes filósofos de referência (de Pitágoras a Descartes, de Leibniz a Russell) foram matemáticos. Tirar aos jovens esta ginástica mental é criar o caos. Multiplica-se no mundo a presença e o interesse pela Filosofia. Em iniciativas globais. De Paris a... Seul. Em Portugal, desvaloriza-se até à morte. Original. Pedagoga.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Carros Movidos a Ar

Carros Movidos a Água



terça-feira, 17 de junho de 2008

Alunos portugueses são os que sofrem mais

Os jovens portugueses de 15 anos são os que sentem maior pressão com o trabalho escolar num conjunto de 41 países analisados num estudo da Organização Mundial de Saúde divulgado esta terça-feira na Escócia, noticia a Lusa.

A análise, desenvolvida pela Rede Europeia «Health Behaviour in School-aged Children», da qual Portugal faz parte, incide em 204.534 adolescentes entre os 11 e os 15 anos de 41 países.

Do total de jovens inquiridos em 2006, 3.919 são portugueses (1.886 rapazes e 2.025 raparigas). Segundo o documento sobre «desigualdades na saúde dos jovens», 73 por cento das raparigas e 61 por cento dos rapazes com 15 anos sentem-se muito pressionados e stressados com o trabalho escolar, percentagens que colocam Portugal no topo da tabela logo seguido da Escócia e da Inglaterra.

Já os jovens austríacos de 15 anos são os que menos stress sentem por causa do trabalho escolar, uma vez que apenas 23 por cento das raparigas e 24 por cento dos rapazes admitiram sofrer desse problema.

Na faixa etária dos 11 e 13 anos, Portugal está muito próximo do topo, mas não ocupa a primeira posição, ocupada pela Turquia. Por outro lado, o estudo revela também que os jovens portugueses de 15 anos são os que mais afirmam ter colegas de escola amigos e prestáveis (82 por cento das raparigas e 83 por cento dos rapazes). (ler original aqui)

domingo, 20 de abril de 2008

Como Se Lida Com Bullying Em Espanha

Condenada por la agresividad de su hijo

La Audiencia de Sevilla encuentra culpable a una madre por su "laxitud y tolerancia" a la actitud violenta de su vástago

EFE - Sevilla - 22/03/2008

La Audiencia de Sevilla ha condenado a una mujer a pagar 14.000 euros de multa por una agresión de su hijo en el Instituto de Secundaria en el que estudia. El tribunal considera que la "laxitud y tolerancia" de la mujer a la hora de educar al menor han motivado el comportamiento violento del adolescente. La multa pagará el tratamiento para recomponer los dientes de otro menor, compañero de Instituto Castilla de Castilleja de la Cuesta, Sevilla. En el juicio, la mujer intentó desviar la responsabilidad hacia el centro educativo por no hacer "labores suficientes de vigilancia" de los alumnos, pero la sentencia estima que los adolescentes no necesitan una vigilancia tan rígida, sino que "la brutalidad e intensidad" de la agresión evidencian "una falta de inculcación o asimilación de educación y moderación de costumbrse en el agresor para la convivencia en valores".

La Audiencia confirma así el primer fallo judicial que hablaba de una "incorrecta educación", que los jueces equiparan a aquellas situaciones en las que los progenitores "permiten o no se preocupan de controlar que sus hijos no lleven al centro escolar objetos que puedan resultar en sí mismos peligrosos". (Ler original aqui)

terça-feira, 4 de março de 2008

Crianças Aprendem Ética Imitando os Pais

O americano Robert Coles, psicanalista da Harvard Medical School e autor do livro "Inteligência moral das crianças" (Editora Campus), também alerta que a integridade ética do adulto começa a ser construída na família:
- Os pais são os mestres da ética na formação dos filhos. A criança é uma testemunha atenta da moralidade dos adultos ou de sua ausência. Ela busca sugestões de como se comportar e as encontra quando os pais fazem opções, mostrando, na prática, seus valores e suas opiniões.

Coles amplia, na direção da ética, o conceito de inteligência múltipla de outro professor de Harvard, Howard Gardner, autor de "Molduras da mente". Para Gardner, há disparidades entre carácter e intelecto que, segundo Coles, podem se integrar nos tipos de inteligência moral:

- As experiências provam que as crianças aprendem em casa a ser solidárias. Esse aprendizado resulta do dia-a-dia e é sinal de inteligência moral. Para o psiquiatra Alfredo Castro Neto, as mentiras, as chantagens emocionais e as distorções de fatos são comportamentos comuns, especialmente entre pais divorciados que, para manterem os filhos como aliados ou até mesmo como súbditos, corrompem a saúde emocional da criança:

- As crianças que chegam ao meu consultório com fobias, ansiedades e desvios de conduta vivem muitas vezes sob o fogo cruzado de pais separados que falam mal um do outro para a criança, tornando sua vida um desespero, sem referências morais e sem vivências afectivas. Tenho o desenho de um menino de 8 anos que mostra bem essa situação. Ele estava num barco e, à sua volta, pegava fogo em tudo.
Ele vivia no meio de uma guerra dos pais - conta.


Há ainda as mães que se apresentam aos filhos como vítimas abandonadas impiedosamente pelos maridos só para manipular as crianças na sua vingança pessoal contra o ex-cônjuge. - Essas mães são daquele tipo que se dizem amicíssimas dos filhos, que não têm segredos para eles e lhes contam tudo de sua vida. E mentem e exageram, para fazer dos filhos aliados e manipulá-los. Isso é honesto? Não, é uma conduta desonesta que corrompe a integridade ética da família - afirma o psiquiatra. (Clicar aqui para ler o resto)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O Que As Mulheres Sabem Sobre os Homens?

Experiência de uma mulher que quis conhecer o Universo masculino e descobre que afinal o mundo parece ser mais fácil para elas do que para eles, contrariamente à formatação social de esteriótipos... Ver vídeo aqui

Quanto Custa Ser Bom Pai?

Os estudos valem o que valem e muitas vezes servem como formas de formatação social a soldo de interesses pouco explícitos... Valem a maior parte das vezes por alguma curiosidade de questionável valor científico, o que não quer dizer que tal, obviamente, se aplica ao caso concreto que se segue.

Uma equipa de psicólogos de Coimbra fez as contas para saber quanto custa ser «bom pai» e concluiu que nos primeiros 25 anos de vida cada família de classe média-baixa gasta, em média, 236,446 mensais com cada filho, informa a agência Lusa. (Clicar aqui para ler artigo)

Conflito É Bom Negócio

Uma cadeia inglesa de lojas (Superdrug) teve de retirar das suas prateleiras de supermercado um boneco de Boxe, com forma masculina que encorajava, portanto, as mulheres à violência contra os homens com espaço até para se colocar a foto masculina do indivíduo a agredir... Uma organização dos direitos humanos (Mankind) protestou afirmando que se a loja não vende produtos idênticos relativos a mulheres e animais tal significa então que a violência anti masculina é algo de mais aceitável. A situação teve cobertura mediática e a loja aceitou retirar produto... (Clicar aqui para ler artigo)

A ideia de que a violência, particularmente a doméstica, se exerce exclusivamente no sentido do Homem para a Mulher para além de falso tem vindo a formatar, de modo insidioso, as mentalidade tendo natural repercussão nos textos legislativos... E como a classe política parece estar desatenta, a situação tende a agravar-se paralelamente à nossa desatenção social... Afinal Humanidade há só uma...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Em Quem Confiar? Sim nos Professores... Não Nos Políticos...

De acordo com a sondagem realizada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF), os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos. (notícia PÚBLICO ler aqui)

Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas sete por cento.


A imagem “http://www.revistafatorbrasil.com.br/imagens/fotos/graficos_wef” contém erros e não pode ser exibida.

Populações não confiam nos políticos ao mesmo tempo que exprimem preocupação com o futuro (ler artigo complementar sobre o tema aqui). A eliminação da pobreza deveria ser a preocupação número um dos líderes mundiais sendo que a igualdade das mulheres ocupa o último lugar... Ler Documento original aqui



Curso de Jogador de Futebol, Apostas Sérias na Educação???



A aposta na educação/formação é tida como passo importante no caminho do desenvolvimento/progresso... No entanto tal pressupõe a natural seriedade das propostas a considerar...

Estratégias de Manipulação

Estratégias e técnicas para a manipulação da opinião pública e da sociedade...

Clicar aqui e aqui para ler doc'S

domingo, 13 de janeiro de 2008

Mobbing, o Exercício da Violência Psicológica

Para ler artigo interessante clicar aqui

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

"O Segredo", Verdadeiro Sucesso Escolar Só Com Trabalho

Facilmente se vende a ideia de que o sucesso se alcança sem esforço... O facilitismo tresanda por toda a parte e a escola quase que se transforma em ecoponto de cultura requentada e previamente digerida ao limite do superficial, para que a confortável menoridade/mediocridade espiritual do senso comum não seja perturbada... Mas depois há estas pequenas histórias que teimam em repor a verdade... Aquela ideia de que a escada do sucesso, por ser árdua, nem todos a percorrerão... Apenas os corajosos que afirmam a sua liberdade quando ousam colocar como objectivo de vida os próprios escolhos que essa mesma vida lhes interpõe.

«Lilian partiu há quatro anos da Moldávia para Portugal sem saber uma única palavra de português. Hoje, é o melhor aluno da turma. Para ler resto do texto clicar aqui

domingo, 6 de janeiro de 2008

Morte de Luíz Pacheco

Morreu Luiz Pacheco
06.01.2008 - 00h55 Lusa

O escritor e crítico literário Luiz Pacheco, de 82 anos, faleceu sábado à noite, tendo dado entrada já sem vida no Hospital do Montijo, que registou o óbito às 22h17.

Nascido em Lisboa a 7 de Maio de 1925, Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco frequentou o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, mas acabou por desistir devido a dificuldades financeiras.

Para ler resto da notícia do Público
Clicar aqui